Professora de Nutrição da Unijorge dá dicas de como aproveitar a culinária típica com equilíbrio e como escolher o alimento in natura
As festas juninas têm cores, músicas e sabores tradicionais e característicos. E quando pensamos em culinária típica desta época, um alimento que não pode faltar é o milho. Seja em preparos, como canjica, bolos, mungunzá, pamonha e até mesmo assado ou cozido, o milho é o grande rei da festa.
Além do sabor, o alimento tem uma excelente qualidade nutricional, por ser rico em fibras, vitamina A, algumas vitaminas do complexo B, como a B1 e a B3, como explica a professora de Nutrição da Unijorge, Renata Oliveira. “Este cereal é uma boa fonte de carboidrato de absorção lenta e de alguns minerais, como cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio. Por esta razão, traz benefícios ao funcionamento do intestino, além de contribuir para o fortalecimento da imunidade e da saúde dos olhos.”
Para quem deseja aproveitar as comidas à base de milho, a professora recomenda ter equilíbrio com a quantidade consumida e com o preparo. “Apesar do milho ter como principal nutriente o carboidrato, por ser complexo e rico em fibras, é absorvido lentamente e garante a saciedade por mais tempo, assim como no controle da glicemia. Se consumido cozido ou assado, em quantidades moderadas, sem adicionais, como manteiga, margarina e queijo, não representa uma das maiores fontes de calorias”, destaca. O alimento pode ser consumido também por celíacos, pois não tem glúten. É ainda uma excelente opção para os veganos, pois possui uma boa quantidade de proteína, assim como acontece com os feijões e demais leguminosas.
Segundo a nutricionista, na hora de escolher o milho in natura, é preciso ter cuidado para evitar o consumo do alimento contaminado. O local de armazenamento deve estar limpo, seco, arejado, e livre de insetos, animais de estimação, água parada e acúmulo de lixo.
É necessário conferir a qualidade das espigas, observando se as folhas estão bem verdes e flexíveis, evitando as secas ou amarelas e atentar para não ter muitos espaços entre os grãos, pois pode ser sinal da presença de fungos. Já os fios devem apresentar cor marrom escuro, o que indica que o alimento está fresco. “Ingredientes de qualidade, de boa procedência e com o preparo adequado garantem segurança e sabor para aproveitar o melhor da culinária junina, tão importante para a nossa identidade e tradição”, conclui Renata.