Livros paradidáticos contribuem para a formação de alunos-leitores

Títulos trazem para sala de aula discussão sobre preconceito, diversidade e inclusão de forma lúdica

Foto: Freepik

No mês em que é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, celebrado em 18 de abril, é importante falar sobre como a leitura e as discussões auxiliam os estudantes a compreender os conteúdos e refletir sobre eles. Num cenário cada vez mais tecnológico, onde crianças recebem uma infinidade de informações rápidas, os livros paradidáticos ganham relevância no processo de ensino-aprendizagem. Os paradidáticos são muito utilizados nas escolas, pois cumprem o papel de aprofundar conceitos que o livro didático muitas vezes não consegue alcançar e permitem socializar assuntos relacionados à diversidade cultural, de comportamento, de gênero, questões de inclusão e exclusão, entre outros. 

Os livros paradidáticos ganharam difusão a partir dos anos 70, abordando temas pouco estudados, explica a coordenadora do curso EAD de Pedagogia da Unijorge, Luciana Onety, que destaca que estes livros abordam com mais detalhes e profundidade alguns conteúdos importantes na formação, que podem ter sido abordados superficialmente nos livros didáticos. “Existem coleções paradidáticas para todas as etapas da escolaridade, voltadas para o desenvolvimento de trabalhos com projetos ou individuais. São bastante ilustrados, com narrativa fluida e criativa e devem sempre ser adequados à faixa etária dos alunos”.

É possível encontrar títulos sobre inúmeros temas para trabalhos em sala de aula, com abordagens temáticas de conteúdos de diversas disciplinas, inclusive, atualidades. Tudo isso torna o livro paradidático indispensável como ferramenta lúdica de aprendizagem. “Para muitas crianças, este é o primeiro contato com a literatura, o que os torna essenciais para a formação do aluno-leitor. Enfatizo ainda que essa experiência deve ter continuidade na família, com a participação dos pais e responsáveis no incentivo à leitura e nas discussões”, explica Luciana. Para quem quer conhecer mais um pouco deste universo, a coordenadora indica alguns títulos que valem a pena a leitura e farão a criançada refletir:

Vizinha antipática que sabia Matemática – Eliana Martins.  Ajuda a quebrar alguns preconceitos que as crianças têm em relação à Matemática
Lais, a fofinha – Walcyr Carrasco – Conta a história de uma menina que sofre bullying na escola
Cor de Pele – Elizabete da Cruz e Rafael Duque – 
Aborda o tema da reflexão racial e da inclusão social
Quem tem medo de quê? –  Ruth Rocha
Traz histórias sobre os diversos medos das crianças e como superá-los
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