Cultura, história e memórias mobilizam equipe vencedora do concurso Ideias Inovadoras, promovido pela Ferbasa e Silbasa, em escolas da Fundação José Carvalho
Duas estudantes de Pojuca, município localizado na região metropolitana de Salvador, farão as malas para embarcar rumo à terra do sol nascente: o Japão. A viagem foi conquistada pelas alunas do Colégio Técnico Mário Barbon, Larissa Gabrielle Silva da Cruz (17) e Maria Eduarda de Souza Siqueira (18), em premiação à primeira colocação no concurso Ideias Inovadoras, promovido pela Fundação José Carvalho (FJC), com o apoio das empresas Ferbasa e Silbasa.
Ao todo, mais de 370 estudantes com idade entre 12 e 18 anos, da rede de unidades educacionais mantidas pela FJC, participaram da primeira edição do concurso. A iniciativa tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de projetos criativos e originais, com potencial para se tornar um produto ou serviço de excelência para diversos nichos de mercado.
“O Ideias Inovadoras foi de grande relevância para as escolas da rede FJC, pois estimulou a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento dos valores da nossa Instituição. Assistimos a apresentações de projetos criativos e interessantes, que objetivam contribuir para um mundo mais sustentável e melhor. Os participantes compreenderam o significado de serem pesquisadores, cientistas e criaram inovações categorizadas como uma tecnologia, produto ou serviço acessível que são importantes e, essas, poderão fazer a diferença para a sociedade”, destaca a professora Rosely Gomes Machado, diretora escolar da Fundação José Carvalho.
Um resgate das narrativas tradicionais orais
Foi com o propósito de resgatar histórias, dando visibilidade a narrativas de tradição oral e, assim, eternizando memórias que costumam se perder no tempo, que as vencedoras desta edição idealizaram o aplicativo Museu Virtual de Literatura e História (MUVILIH). “Sou moradora de Pojuca, uma cidade com história rica, porém desconhecida, invisibilizada. Com o projeto, buscamos contribuir para que relatos de pequenas cidades – relatos orais – cheguem a todos, de forma acessível. Através do aplicativo, conseguimos garantir que essas memórias não se percam. Como exemplo, as manifestações culturais, que precisam ser conhecidas e transmitidas de geração para geração, como o Boi Janeiro, iniciado por Dona Lindu, tão tradicional aqui na cidade”, explica Maria Eduarda.
Orientador da equipe vencedora e ex-aluno da FJC, o professor Delmaci de Jesus destaca que o serviço desenvolvido pelo aplicativo vai incentivar a conservação da memória coletiva por meio de uma proposta colaborativa, proporcionando interação e aprendizagem. “As narrativas tradicionais orais não são encontradas em livros didáticos, mas são de fundamental importância para a formação de indivíduos críticos, ampliando o conhecimento e perpetuando as memórias e as histórias. O aplicativo foi concebido a partir de uma ideia simples, porém com um impacto social significativo e, ao mesmo tempo, reafirmando que a inovação pode ser pensada e realizada por todas as ciências”, ressalta o professor.